Aqui vai o meu ultimo quadro, 30x40 a oleo, terminado a 28 de Agosto e dedicado a S. Jorge e Santo Expedito santos de grandes batalhas e vitórias.
S. JORGE
Os pais de Jorge de Anicii, eram originários de Israel, da cidade de Lida, fundada por Samed da tribo de Benjamim, uma das doze tribos de Jacó, depois de ocupada pelos Romanos foi rebatizada para Dióspolis tendo hoje o seu nome inicial, fica localizada no local onde se encontra o aeroporto de Bem Gurion, a 30 quilómetros de Tel Aviv.
Os pais de S. Jorge imigraram para a Capadócia, terra de cavalos, região central da Anatólia que faz atualmente parte integrante da Turquia onde seu pai seguia a carreira militar e onde nasceu Jorge a 3 de Novembro de 275.
Depois de seu pai morrer em combate, sua mãe decidiu regressar a sua terra natal, onde possuía terras e bens, para dar uma esmerada educação a seu filho Jorge.
Depois de cumprir os seus estudos, Jorge ingressou na carreira militar ao serviço de Roma na sua terra natal, devido a sua bravura e ardor combativo, destacou-se dando nas vistas pelos seus feitos em combate, em 298, com apenas 23 anos, pelos serviços prestados e bravura em combate contra os povos das margens do Danúbio e os Alamanos usurpadores da província do Egipto foi agraciado com o titulo de conde da Capadócia passando a residir na corte imperial exercendo o cargo de Tribuno Militar tal como Marco António, seculos antes.
Depois da morte de sua mãe regressou a Israel onde vendeu todos os seus pertences regressando definitivamente para a sua terra natal para viver no palácio de Diocleciano de seu nome, César Caio Aurélio Valério Diocleciano Augusto.
A 24 de Fevereiro de 303 Diocleciano fez publicar um édito em que decretava que todos os livros sagrados do Cristianismo deveriam ser queimados e quem os possuísse ou advogasse a sua fé deverias ser morto ordenando também a destruição de todas as igrejas, a sua fúria aumentou quando descobriu que sua esposa e filhas se tinham convertido ao catolicismo.
A 19 de Abri de 303 Expedito, comandante em chefe da XII legião Romana a Fulminata, fundada seculos antes por Marco António, aquartelada em Melitene, Anatólia Oriental, com os seus 6.800 soldados, grande amigo e companheiro de armas do tribuno Jorge, foi condenado a morte pelo imperador Diocleciano e depois de torturado para que renunciasse ao cristianismo foi decepado por ordem do imperador.
S. Jorge assumiu o comando da XII legião romana que se deslocara para a Capadócia condenando a morte de seu companheiro e dos muitos colegas que lhe tinham demonstrado a sua solidariedade saindo em defesa dos seguidores da fé de Cristo e por isso foi destituído de todos os seus cargos e executado por ordem do Imperador Diocleciano, no dia 23 de Abril de 303 com apenas 28 anos de idade, na cidade da Nicomédia, capital do império Romano a oriente, onde Diocleciano tinha o seu palácio imperial, hoje conhecida como Izmit, a 100 quilómetros de Constantinopla, curiosamente esta cidade, nos finais do século IV foi varrida por um terremoto de escala 7.6 que causou mais de 17.000 mortos e deixou a cidade em ruinas.
Os seus restos mortais foram transladados para a sua terra natal e foi canonizado em 494 pelo Papa Gelásio I, o rei Ricardo Coração de Leão da Inglaterra adotou a Cruz de S. Jorge para a sua bandeira e seus soldados na primeira Cruzada para libertar Jerusalém.
A 1 de Junho foi morto Crescentino soldado romano abandonou o exército de Diocleciano por não aceitar abdicar da sua fé católica e por isso foi também decapitado.
D. Afonso Henriques foi ajudado pelos Cruzados ingleses a conquistar Lisboa e escolheu S. Gorge para padroeiro do seu exército e foi a ele que pediu orando a vitória em Aljubarrota. Ao castelo de Lisboa deu o nome de S. Jorge. Seu Pai D. Henrique tinha como padroeiro S. Tiago de Compostela.
D. Nuno Alvares Pereira adotou S. Jorge para padroeiro de Portugal.
O rei Artur de Inglaterra tinha como seu padroeiro dos cavaleiros da Távola Redonda, S. Jorge.
São Jorge é o padroeiro da Catalunha. Uma lenda regional diz que, após matar o dragão, ele deu à princesa uma rosa vermelha. Assim, no dia 23 de abril, especialmente em Barcelona, é comum que o homem dê à sua esposa ou namorada uma rosa vermelha.
De acordo com tradição que surgiu apenas em meados do século XII, São Jorge matou um dragão. O dragão simboliza a idolatria destruída com as armas da fé cristã. Diz a tradição que as manchas na lua representam o milagroso santo e sua espada pronto para defender aqueles que buscam sua ajuda.
Os reis da Capadócia foram apoiantes de Marco António durante a sua carreira militar,
O Imperador Constantino mandou erguer suntuoso oratório aberto aos fiéis, para que a devoção ao santo fosse espalhada por todo o Oriente.
No seculo V já havia cinco igrejas em Constantinopla dedicadas a São Jorge, no Egito, nos primeiros séculos após sua morte, construíram-se quatro igrejas e quarenta conventos dedicados ao mártir. Na Arménia, Bizâncio, Bósforo e Grécia, São Jorge era inscrito entre os maiores santos da Igreja Católica.
Padroeiro da cidade de Génova, Frederico III da Alemanha dedicou a ele uma Ordem Militar. Desde D. Nuno Alves Pereira, o santo é reconhecido como padroeiro de Portugal e do Exercito o mesmo acontecendo no Brasil, Na França, Gregório de Tours era conhecido por sua devoção ao santo cavaleiro; o Rei Clovis, primeiro rei de França, dedicou-lhe um mosteiro, e sua esposa, Santa Clotilde, mandou erguer várias igrejas e conventos em sua honra. A Inglaterra foi o país ocidental onde a devoção ao santo teve papel mais relevante.
