terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Marco António

Filho de Marco António Cretico e Júlia César, nasceu em Roma a 14 de Janeiro de -83 e morreu a 1 de Agosto de -30 assassinado no Palácio de Cleópatra, em Alexandria.

Combateu na Judeia, esteve em Jerusalém, talvez, quem sabe?, tenha pisado os mesmos caminho por onde passaria Jesus a pregar a fé e os desígnios de Deus, talvez acreditasse também na salvação dos homens pela sua fé, talvez se tenha deixado morrer para parar o ódio e a morte da sua geração, talvez os astros não lhe tenham sido favoráveis, mas, tal como Jesus Cristo, foi morto pela insensatez e injustiça dos homens, mas de certeza que também foi amado por aqueles que o souberam compreender e tão amado foi, por alguns, que não tiveram forças para continuar a caminhada quando foram privados da sua companhia.

Comparo Marco António a Espártaco a quem os desígnios da vida deram honra e glória mas não conseguiram salvar da dor e do sacrifício da sua própria vida e da de dezenas de milhares de companheiros seus que morreram crucificados porque nele acreditaram e não quiseram que lhe profanassem o corpo na hora em que tudo acaba para nós havendo os que, tal como ele, deixam novas janelas de esperança para os que renascem destes exemplos e com eles se conseguem impor às nações e ao mundo que só muda para melhor se os ventos da mudança soprarem vindos daqueles que não deixam dúvidas mas nos deixam muita saudade.

 Tudo o que está escrito sobre Marco António vem de documentos elaborados por Cícero ou com o patrocínio de Octávio para quem Marco António era o expoente máximo da sua própria vontade e querer e a quem queriam eliminar da cena política e militar porque era o único que tinha o carisma e a força capaz de se impor aos políticos e ambiciosos que queriam o poder para dominar enquanto Marco António apenas defendia a pátria que amava e queria grande para todos, amando a vida pelos seus prazeres mais naturais e profundos, onde a fraqueza se confundia com a sorte e o amor andava de braço dado com a solidão.

O exemplo do que agora acabo de falar vem da sua própria luta, quando combateu o rei Herodes, depois da batalha ele o admirou pela sua coragem e o achou tão digno que acabou designando-o rei concedendo-lhe todo o seu reino, penso que nenhum outro general Romano daria um reino a um seu inimigo mas Marco António via no povo da Galileia, onde travou vários combates, um povo diferente pela sua determinação de luta por aquilo em que acreditavam e foi mesmo contra a vontade de Cleópatra, a quem não foi capaz de negar a sua própria vida, que ele ombreou por gestos como estes, chegando mesmo a oferecer em casamento a sua própria filha, Antónia, para mostrar que seus desejos de paz eram puros e verdadeiros conseguindo ser o único general que foi amado até pelos seus próprios inimigos que sempre o sentiram na frente das batalhas mais ferozes de braço erguido e empunhando a sua espada mostrando que era diferente de todos os outros generais que ficavam a várias centenas de metros da batalha dando as suas ordens através de estafetas e que se esgueiravam para paragens mais calmas se a batalha não lhes fosse favorável, isto aconteceu com Octávio na batalha de Filipos onde Marco António venceu Brutus mas chorou perante o seu corpo inanimado pois lembrou que tinham sido colegas e amigos na sua juventude e lembrou-se do que ele sempre lhe dizia, Brutus afirmava que Marco António era um predestinado e dizia isto porque lhe reconhecia o valor e a nobreza de sentimentos, no dia anterior a batalha derradeira escreveu-lhe uma carta dizendo que a batalha que se aproximava seria a sua derradeira batalha pois sabia que Marco António não se deixaria vencer e que os Deuses estariam com ele em todos os combates e que ele só seria derrotado pela traição ou pela sua crença que o levava a acreditar demais nos que se diziam seus amigos e foi assim que o próprio rei Herodes se aliou a Octávio para o combater durante os seus dias de derradeira glória.

Mas não é apenas de tudo isto que quero falar, é de Marco António, de suas origens, dos seus amores, dos seus descendentes, dos seus feitos e do seu tempo, quero falar de tudo isso fazendo-me conhecedor da história, fazendo um mergulho, de corpo e alma, no passado glorioso desse intrépido guerreiro que sabia agradar a todos que com ele se relacionavam mas era invejado por todos os que gostariam de igualar os seus feitos e a sua glória e que ficavam petrificados pela inveja quando as mulheres e o povo o comparava ao Deus Dioniso e diziam que ele era descendente de Hércules.

Vou iniciar a minha caminhada a partir do contacto histórico com seu Avô o intrépido e convicto advogado e político que se defendia pelo dom da palavra mas que acabou as mãos da ditadura que não suportava as suas pertinência, por último lembro que nas veias de Marco António corria sangue de César pois sua Mãe Júlia César era prima em terceiro grau de Júlio César sendo o seu bisavô, Sextus Julius Caesar irmão do bisavô de César, Lucius Julius Caesar.

Um dia publicarei a verdadeira historia de Marco Antonio que anda perdida no meu computador há varios anos e tem factos que muito poucos conhecem, falarei das suas cinco esposas, das suas amantes, dos seus filhos, das suas batalhas, dos seus amigos e dos seus maiores momentos de glória.

 



Sem comentários:

Enviar um comentário